Ensaio Existencial e Fenomenológico da Subjetividade.

   




 Podemos pensar na subjetividade como um produto das experiência que
 aparecem ao ser (fenômeno). Dado que a consciência transcendental lança e percebe o mundo numa atitude de intencionalidade, podemos entender que a subjetividade se dá no cerne desta  mesmas atitudes intencionais.

  Tendo em mente que o sujeito é um projeto em potencial, e que na medida em que se lança intencionalmente perante o mundo ele afirma o vir-a-ser, ou seja, sua grande condenação à liberdade. Veremos então que este sujeito não é um ser-em-si mas um ser-para-si, assim partindo da teoria Sartreana: 

"Distinguindo o "ser-em-si" do "ser-para-si": o primeiro, região das coisas materiais, é pura inércia; o segundo, região da consciência, é pura abertura espontânea, pura vacuidade e, portanto, uma "nadificação" na totalidade do ser." (Luiz Carlos Maciel, em 'Sartre: vida e obra', 1980)

    Então dito tudo isso, posso chegar ao centro da análise: a subjetividade é a essência de um ser-para-si, ou seja, é a essência de uma consciência. Está essência não pode ser alcançada por completo ou como um todo (pelo menos enquanto o ser ainda estiver em vida), mas pode ser analisada em partes pelas atitudes do ser. Pois se a subjetividade é a essência da consciência, - ou melhor dizendo, é o cerne da sua atitude intencional - então podemos concluir que quando este ser exporta em ações (vir-a-ser) sua intencionalidade perante o mundo, podemos assim estar observando e analisando onde está a subjetividade deste ser em questão.  Cada ato significativo carrega consigo emoções, sentimentos, percepções, entendimento, representações, compreensões, etc.

   Se é através do mundo e de suas experiências que a subjetividade se expressa, vou abordar Foucault e tomar como modelo a subjetividade entendida como emergência histórica de processos. Isso quer dizer que não vamos pensar na subjetividade como uma estrutura, mas sim como processos sociais, culturais, econômicos, tecnológicos, midiáticos, ecológicos, urbanos, etc. Trazendo a ideia de interioridade identitária como um permanente processo de transformação. Aqui estes processos trás por essência o termo ontológico: vir-a-ser.

  Então podemos concluir que o sujeito é um projeto em potencia, e assim através se sua consciência transcendental ele se lança na atitude da intencionalidade (numa atitude significativa), para então fomentar e expressar sua subjetividade nos permanentes processos de transformação do mundo (vir-a-ser). Percebam que a ponte entre ser-mundo e mundo-ser, se dá pela intencionalidade. Então se o ser em movimento com o mundo se dá os processos de subjetivação, podemos chegar que a subjetividade está enraizada na atitude significativa ou melhor na intencionalidade. 

"... a redução permite fazer aparecer a intencionalidade da consciência, onde a própria intencionalidade liga a consciência as coisas e ao mundo." (GILES, 1937, p.277)


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